Classes e grupos subalternos em Antonio Gramsci

Siqueira Hashimoto
MORULA

65,00

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“Classes e grupos subalternos” estão entre as expressões do léxico gramsciano mais citadas e utilizadas nas últimas décadas, nos meios acadêmicos, científicos ou até mesmo políticos. Essa frequente menção, contudo, nem sempre é acompanhada do devido rigor teórico-metodológico com que Gramsci procurou desenvolver o tema ao longo de sua obra, especialmente nos Cadernos do cárcere. Não se constitui, ademais, tão somente como conceito, mas também como uma questão onipresente em sua biografia, suas o rigens sardas, as condições concretas em que viveu, sua vinculação orgânica com as lutas travadas para a superação das condições de exploração e subalternidade daqueles que vivem “às margens da história”. O livro que o leitor tem em mãos revela um minucioso estudo teórico e filológico, construído a partir de uma leitura cuidadosa da obra de Gramsci, dos escritos pré-carcerários e, mais incisivamente, dos Cadernos do cárcere. A autora percorre as notas dos cadernos, atentando para as modificaç ões, acréscimos e inovações que Gramsci registra ao longo de sua escrita, e articula o lema das classes e grupos subalternos com outros eixos temáticos. Neste percurso, Mirele desvenda as origens da questão dos subalternos, reafirmando a unidade e o movimento dialético do pensamento gramsciano no horizonte da práxis revolucionária. Este rigoroso trabalho filológico, vinculado à práxis política, apresenta-se como um terreno fértil para o contínuo diálogo com as ideias do marxista sardo e a força de seu legado, que segue a nos provocar para pensar e transformar este “mundo grande e terrível e complicado”.